Foto: IGP-RS (Divulgação)
O Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS) está entre as instituições que participam ativamente da edição de 2025 da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A ação, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), acontece entre os dias 5 e 15 de agosto, com o objetivo de ampliar as possibilidades de identificação de pessoas desaparecidas em todo o Brasil.
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Conforme o IGP, diversos postos de coleta estarão disponíveis durante o período da campanha, e os interessados poderão consultar a lista completa dos locais por meio do site oficial do MJSP. A participação é gratuita e direcionada a familiares de desaparecidos.
Esta é a terceira edição da campanha. Em 2024, segundo dados do IGP, foram coletadas 1.645 amostras em todo o país, resultando na identificação de 35 pessoas. No Rio Grande do Sul, três identificações foram realizadas graças ao mutirão do ano passado.
Além da coleta de novas amostras, a edição de 2025 também promove uma força-tarefa nacional para agilizar a análise de perfis genéticos que estão em espera. A ação é coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), com apoio de laboratórios de genética forense, delegacias especializadas, órgãos estaduais e outras autoridades.
— A participação do Instituto-Geral de Perícias nesta campanha reforça o nosso compromisso com a dignidade das pessoas e com o direito das famílias de obter respostas. Cada perfil genético coletado é uma nova esperança. Sabemos o impacto que essa dor causa nas famílias, e por isso reforçamos nosso empenho em ampliar o banco de perfis e acelerar as identificações — afirmou o diretor-geral do IGP-RS, Paulo da Cruz Barragan.
Destaque nacional
O Rio Grande do Sul ocupa, atualmente, a 4ª colocação no ranking nacional de contribuições ao banco de perfis genéticos, conforme dados da Rede Integrada de Perfis Genéticos. O trabalho desenvolvido pelo IGP-RS já possibilitou a identificação de mais de 100 restos mortais, colaborando com a garantia de dignidade às famílias de pessoas desaparecidas.
Como funciona a coleta
O IGP ressalta que a participação dos familiares é essencial para que novas identificações possam ocorrer. O DNA coletado é utilizado exclusivamente para este fim. O procedimento é simples, feito por meio de um cotonete passado na parte interna da bochecha ou com uma pequena gota de sangue extraída do dedo.
A prioridade para a doação de material genético deve seguir esta ordem:
* Filhos(as) biológicos(as) e o outro genitor;
* Pai e/ou mãe biológicos;
* Irmãos biológicos (mesmo pai e mesma mãe).
Postos disponibilizados para coleta.
Mais informações sobre locais de coleta e orientações serão divulgadas pelo Ministério da Justiça nos próximos dias.
*Com informações do IGP-RS